domingo, 12 de maio de 2013

Nova decoração



Quando comecei a fazer croché comecei pelos grannysquares e com estes fiz 3 mantas coloridas, depois de ver o trabalho da MiMitrika achei que tinha de aprender a crochetar em redondo. Levei algum tempo a perceber como fazer os aumentos sem que o croché ficasse enfolado e consegui, um dia a Zélia  desafiou-me a fazer bebortos, passei duas noites a tentar fazê-los  e consegui.  




Estes naperons feitos com linha DMC para bordar tapeçaria foram começados a fazer, como já aqui disse, para dar uso às muitas linhas que me foram oferecidas. 
Comecei a fazê-los limitando-me a ir juntando os tons que me pareceram fazer combinações perfeitas. Como estou a aproveitar linhas nem sempre consegui usar os tons que gostaria, também algumas voltas tiveram que ser terminadas com tons diferentes mas semelhantes, mesmo com algumas emendas em termos de cor,  gosto muito do resultado final.




Quando os comecei a fazer não sabia que uso lhes daria mas há medida que eles foram nascendo tive a certeza de que ficaria com todos eles, para além de terem sido fruto da minha descoberta nestas andanças do croché, são feitos com linha de excelente qualidade e com tons que dificilmente arranjaria noutra qualidade de linha.




Sempre que me apetece altero as peças que decoram o louceiro, mas até hoje, todas elas tiveram como base naperons de linho herdados das minhas avós. A causa da mudança foi uma borboleta marota que  atraída pela luz, entrou janela dentro sem ser convidada e chamou a atenção do Sushi o meu gatarrão que num salto e na tentativa de a apanhar, conseguiu ficar com as unhas presas no naperon e deitar quase  tudo o que estava lá em cima, abaixo.
Por milagre nada se partiu, o galheteiro tombou mas a maioria das peças ficou em cima do louceiro uma outra caiu num cesto que tinha no chão cheio de limões que ajudaram a amortecer a queda. O naperon voou  agarrado às unhas do bichano e a queijeira também conseguiu resistir ao ataque, ficando a equilibrar-se na borda do armário. Por sorte estava por perto e evitei a tragédia. 





Fiquei tão assustada com o sucedido e com receio que a cena se repetisse que o primeiro impulso foi não voltar a colocar o naperon de linho no sitio donde tinha voado. Mas claro que não gostei de ver as peças directamente na madeira e foi quando me lembrei dos meus novos trabalhos. 
Os tons ligavam bem entre eles, lembrei-me que o serviço de jantar da minha  tia Cândida  tinha  uma barra com as cores de um dos naperons escolhi a terrina mais pequena  e achei que o acaso fizera com que eu tivesse crochetado nos tons do serviço. Quando o fiz nem me lembrei desse pormenor, foi  um acaso feliz.




Este maior tem o diâmetro perfeito para a queijeira de vidro da minha avó, não é fantástico?




Não estou nada feliz pela bendita borboleta me ter entrado janela adentro pois o resultado da sua visita podia ter sido trágica e ter perdido algumas das peças que guardo religiosamente, mas estou muito feliz pela nova decoração do meu louceiro.



Aliar peças de cariz contemporâneo com peças com muitas dezenas de anos sempre foi um dos meus desafios em matéria de decoração. E desta vez acho que o resultado é fantástico.


Que vos parece?



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